Se o título acima, "caixa" do Expresso de hoje, corresponde à realidade, não deverá surpreender ninguém. Não é de hoje a vontade do CDS em manter a televisão e rádio do estado (assim como a Caixa Geral de Depósitos) ou não seja Paulo Portas quem é e diz ser. Vejamos, segundo o Expresso, as "razões" do CDS:
- "Em condições normais, já falta dimensão ao mercado para um novo player, neste momento seria ainda pior". A consequência não se sentiria apenas nos outros canais de televisão, mas em todo o mercado publicitário - com a concorrência a puxar para baixo as tabelas de publicidade na televisão em canal aberto, podendo mesmo "ser o fim da publicidade nos jornais". Portanto: para o CDS, há que evitar a concorrência "selvagem", havendo que proteger quem já está, ou seja, o Dr. Balsemão e o Dr. Pais do Amaral.
- Por outro lado, parece haver ainda razões de "interesse nacional" como a "defesa da língua portuguesa e política externa cultural de Portugal" que "aconselham" a existência de uma televisão e rádio públicas. Ora, admitindo que tais razões(?) existam, tal não significa que a sua perseguição exija a existência de uma entidade pública para a prestar. Reitera assim o CDS, tal como o PS ou o PCP, uma implicação, falsa, de a prestação de um "serviço público" não poder deixar de ser feita por uma entidade pública.
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