Lê-se no Profblog, a propósito dos concursos nacionais de colocação de professores:
«O concurso nacional é muito popular entre os professores. Por diversas razões. Garante seriedade. Evita o nepotismo presente em muitos concursos locais.
Tem desvantagens. Uma delas impedir que o diretor tenha uma palavra na escolha de docentes com perfil adequado ao projeto educativo da escola.»
Garante seriedade? Esta só ocorreria caso o critério de ordenação dos candidatos fosse a qualidade profissional dos mesmos. Ora, como o critério assenta, no essencial, na antiguidade, não há seriedade alguma no processo. Há, apenas, um critério administrativo virado para manter o poder dos sindicatos incólume. Quando os pais dos alunos puderem votar com os pés, escolhendo livremente a escola que entenderem melhor para os seus filhos, e o financiamento de cada escola estiver ligado à sua performance, aí residirá a chave para evitar a aplicação de outros critérios que não os profissionais para preencherem o corpo docente de uma escola.
2 comentários:
Tem desvantagens. Uma delas impedir que o diretor tenha uma palavra na escolha de docentes com perfil adequado ao projeto educativo da escola. Outra desvantagem: o concurso nacional só enfatiza o critério da graduação profissional, o qual é o resultado de duas variáveis que não garantem a escolha dos melhores profissionais. Essas variáveis são a classificação final do curso e o tempo de serviço. Todos sabemos que nem a classificação do curso nem o tempo de serviço são garantes de profissionalismo e competência.
A sua observação está certa. Não garante seriedade nenhuma. O problema dos concursos locais é apenas o do nepotismo tão habitual na cultura portuguesa.
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