sábado, 15 de outubro de 2011

O mercado a funcionar (6)

Via Carpe Diem, um excerto:

Not considered a big oil state until recently, North Dakota went from the ninth-biggest producer in 2006 to fourth in 2009, where it currently stands. This boom is thanks to advances in drilling and hydraulic fracturing techniques and a rise in oil prices that made it more profitable for companies to tap into the vast reserves trapped in the Bakken and Three Forks shale formations.
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Mais uma vez, os mercados, se os deixarem em paz, proporcionam-nos duas lições que nos permitem esgrimir argumentos contra os catastrofistas ignorantes e estatistas militantes, algo que o grande Julian Simon dedicou boa parte da sua vida:

1ª lição - Por maior desespero que isso cause aos neo-malthusianos, a mente humana, se não for  aprisionada, continuará a proporcionar algo que é a "chave" da destruição desta subespécie de mitos catastrofistas: a teconologia evolui. O que era impossível ontem, é possível hoje. O que era caríssimo há dez anos, é hoje comum.

2ª lição - Os preços, se não forem manipulados pelos governos, estão permanentemente a dar sinais aos vários actores no mercado. Se o preço de um dado bem sobe de forma sustentada no tempo, tal será interpretado por empreendedores no mercado como uma oportunidade de retirar partido de preços de venda interessantes o que, por sua vez, tenderá a aumentar a oferta desse bem. A prazo, esse preço reduzir-se-á para valores "normais" e, porventura em combinação com a introdução de novas tecnologias, poderá mesmo acabar por atingir um preço mais baixo que o existente no início do "ciclo".

Simplificando um pouco, são estas duas razões combinadas que, caso após caso, confirmam e reconfirmam o grande  Julian Simon e infirmam sistematicamente activistas ignorantes.
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Nota: li no Expresso de hoje, publicação por sinal cada vez mais deprimentemente inútil, que Manuel Pinho e Vieira da Silva não deram andamento (supostamente pela aplicação do ignóbil princípio da precaução...), durante anos, ao projecto de prospecção e exploração de gás natural por parte de operadores privados (e a suas expensas) ao largo da costa algarvia. O actual governo terá entretanto já dado luz verde ao projecto (estima-se que haja gás comercialmente explorável durante 10 anos) decorrendo a ultimação das minutas dos contratos. Isto é mais um dos milhares de episódios em que os governos "verdejantes" se outorgam o direito de distinguir entre projectos privados "maus" e projectos privados "bons". Raramente, nestes últimos, se tratam de verdadeiramente privados - eles estão, quase sempre, contaminados de dinheiros públicos, de tráfico de influências, de troca de favores. Numa palavra: de corrupção. Entretanto, estoira-se o dinheiro público em projectos economicamente irracionais e proíbem-se projectos exclusivamente de iniciativa privada esses sim promotores de riqueza (pela sua motivação económica e não política). Que corja!

Também publicado no Estado Sentido.

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