segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Novidades teóricas-práticas do crescimento e desemprego

Uma de índole doméstica, que deriva de uma inabalável fé nas virtudes da despesa pública já não apenas por "opção ideológica" mas agora também por mero "realismo". António José Seguro, resolveu escrever uma carta à troika queixando-se dos efeitos da política por ela prescrita (cujos termos, não o esqueçamos, foram no essencial fixados no "turno" de Sócrates/Teixeira dos Santos) e que classifica de austeridade expansionista recorrendo à figura, particularmente adequada, do oxímoro1. É mais um afloramento das teorias crescimentistas que tão boa conta têm dado de si - agora como no passado -, desta vez veiculadas sob forma epistolar. Enfim, já sabemos que do PS não vem muito mais que isto, para além da sua responsabilidade directa em 3 (três) pré-bancarrotas em pouco mais de 30 anos.

Além fronteiras, o fustigador-mor das políticas de "austeridade expansionista" (por exemplo, aqui onde cita "contra-evidências"1 ou aqui, entre as múltiplas investidas publicamente conhecidas) trouxe-nos ontem uma crónica histórica: Paul Krugman, pelo seu próprio punho, admite finalmente que já não é economista. Assim, e contrariamente ao que o próprio escreveu no seu manual universitário quanto aos efeitos não-intencionais (diminuição dos níveis de emprego) em consequência de aumentos mandatórios do salário mínimo, vem agora desdizer-se clamando que a recente proposta de Obama, anunciada no último discurso do Estado da União, de aumentar o salário mínimo é, afinal, uma "good policy".
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1Que os economistas empiricistas adoram criar e debater.

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