Sobre a avaliação externa das escolas escreveu o, também,“ Presidente do Sindicato dos Inspectores da Educação e do Ensino, na qualidade de (Docente do ensino liceal/secundário de 1970 a 1982; Inspector da IGE de 1982 a 2009; aposentado há três meses e meio) “A entrevista em painel é o método essencial usado pela equipa de avaliação externa para dialogar com a comunidade educativa e para recolher informação”, diz o documento oficial da IGE sobre a matéria. Mas estamos a falar de painéis que – tendo em conta a sua duração global, o número de questões e o número de participantes que potencialmente implicam – concedem uma média de 33 (trinta e três!) segundos a cada participante/questão/painel, e estamos a partir do princípio absurdo de que a equipa inspectiva não abre a boca, isto é: 33 (trinta e três!) segundos para, apenas ouvindo, “dialogar” e “recolher informação”. É querer meter o Rossio na Betesga! Isto não é um painel – isto é um contra-relógio. No plano científico, painéis deste tipo não podem senão ser classificados, na melhor das hipóteses, como “etnográficos” ou “impressionistas” – mas, em contrapartida, exige-se aos Inspectores que desses painéis resultem relatórios objectivos e afirmativos, com todas as ponderosas consequências que atrás enunciámos. A Educação do meu Umbigo (http://educar.wordpress.com/2010/01/17/opinioes-jose-calcada/). Quanto custam os painéis “etnográficos” ou “impressionistas”, com a participação de 80 inspectores e 66 peritos externos, e os respetivos relatórios?
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Sobre a avaliação externa das escolas escreveu o, também,“ Presidente do Sindicato dos Inspectores da Educação e do Ensino, na qualidade de (Docente do ensino liceal/secundário de 1970 a 1982; Inspector da IGE de 1982 a 2009; aposentado há três meses e meio)
“A entrevista em painel é o método essencial usado pela equipa de avaliação externa para dialogar com a comunidade educativa e para recolher informação”, diz o documento oficial da IGE sobre a matéria.
Mas estamos a falar de painéis que – tendo em conta a sua duração global, o número de questões e o número de participantes que potencialmente implicam – concedem uma média de 33 (trinta e três!) segundos a cada participante/questão/painel, e estamos a partir do princípio absurdo de que a equipa inspectiva não abre a boca, isto é: 33 (trinta e três!) segundos para, apenas ouvindo, “dialogar” e “recolher informação”.
É querer meter o Rossio na Betesga! Isto não é um painel – isto é um contra-relógio.
No plano científico, painéis deste tipo não podem senão ser classificados, na melhor das hipóteses, como “etnográficos” ou “impressionistas” – mas, em contrapartida, exige-se aos Inspectores que desses painéis resultem relatórios objectivos e afirmativos, com todas as ponderosas consequências que atrás enunciámos.
A Educação do meu Umbigo (http://educar.wordpress.com/2010/01/17/opinioes-jose-calcada/).
Quanto custam os painéis “etnográficos” ou “impressionistas”, com a participação de 80 inspectores e 66 peritos externos, e os respetivos relatórios?
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