Tal como a ilegalização da produção e consumo de drogas, a proibição da venda de leite não pasteurizado leva, inevitavelmente, ao aparecimento de um mercado ilegal. Nem os Amish escapam à cruzada "protectora" das agências governamentais para connosco.
A FDA (Food and Drug Administration) é uma das agências governamentais americanas mais poderosas e influentes nos EUA que justifica a proibição disto e daquilo para que nos protejamos de nós próprios. Um bom exemplo dessa "protecção" é a de, com o nosso consentimento informado, não termos acesso a uma droga experimental mesmo que ela seja a última esperança na luta contra um cancro.
Aliás a tendência generalizada, nos países ocidentais, de o poder legislativo conferir a organismos "independentes", dominados por hordas de burocratas, a capacidade de produzir profusa regulamentação destinada, bem entendido, a proteger-nos de nós mesmos, é absolutamente notável e tenebrosa. Veja-se a ASAE cá do sítio e o inenarrável Sr. Nunes que a comanda.
Estes Institutos e Agências agem num sentido ou noutro porque possuem "provas" de que o produto A ou B, em determinadas circunstâncias, pode provocar perigo para a saúde e até a morte. Claro que não estimam, por exemplo, quantas mortes poderiam ter sido evitadas, se os medicamentos em fase de experimentação clínica fossem administrados a pacientes com capacidade plena de compreensão dos riscos envolvidos. Como sempre acontece, são os mais abastados que conseguem mais facilmente contornar a regulamentação absurda e moralmente indigna, como acontece com os americanos que viajam até ao Canadá para adquirir medicamentos que a FDA ainda não aprovou nos EUA.
E assim os Estados contribuem, activamente, para que cada vez mais cidadãos se tornem "criminosos". Ou porque não usam capacete quando andam de mota ou porque se atrevem a beber um copo de leite proveniente directamente do animal. Aliás, quem não se lembra da campanha de anos contra a amamentação das crianças pelas mães?
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