Não dei conta, quer na imprensa ou televisão quer na blogosfera nacional, da chamada de atenção para as extraordinárias declarações de Robert Gates, Secretário de Estado da Defesa de Obama (e também de George W. Bush), produzidas numa comunicação aos cadetes de West Point que a seguir transcrevo um trecho:
“(A)ny future defense secretary who advises the president to again send a big American land army into Asia or into the Middle East or Africa should ‘have his head examined,’ as Gen. MacArthur so delicately put it.”
Pela minha parte, saúdo estas declarações que traduzem uma vontade que, ainda que minoritária, sempre presente desde George Washington, de uma corrente de opinião "isolacionista" contrária portanto ao "progressivismo actuante" e missionário que, desde o final da II Grande Guerra, tem marcado a actuação dos EUA no mundo (através de 900 bases fora do seu território). Dirão os mais cépticos que Gates já está de saída da Administração Obama (anunciada para o final do ano). É verdade. Mas em plena crise nos países árabes e no meio do rufar dos tambores de guerra clamando por uma intervenção "humanitária" na Líbia, é de saudar a atitude de Robert Gates.
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