quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dos limites da desfaçatez (10)

28 de Abril de 2011 - O primeiro-ministro demissionário e secretário-geral do PS, José Sócrates, disse [no Fórum TSF], esta quinta-feira, que «ainda vamos ter saudades do PEC». «Cometeu-se um erro de pura leviandade que ficará nos anais da história política portuguesa», acrescentou.

3 de Maio de 2011 - O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo chegou a acordo com as instituições internacionais com vista à ajuda financeira ao país, sublinhando que se tratou de "um bom acordo", numa declaração em que teve ao lado o ministro das Finanças. Afirmou ainda que não serão necessárias medidas orçamentais adicionais para este ano, uma vez que são "suficientes" as que foram aprovadas no Orçamento para 2011. "Não serão necessárias medidas orçamentais adicionais para 2011", reforçou.

Pedro Guerreiro, no Jornal de Negócios, hoje:
«Quando Pedro Passos Coelho pediu a Bruxelas, há meses, que Portugal tivesse mais um ano para reduzir o défice, foi chamado de imaturo, irresponsável, desestabilizador.
Ontem, Portugal ganhou o que Passos Coelho pediu. Ainda bem. O que vamos agora fazer para que mais um ano não seja um ano a mais? »
«O júbilo de Sócrates ontem é, no entanto, dispensável. A austeridade que já acumulamos e a nova que enfrentamos mereciam um mínimo de pudor.»

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