terça-feira, 28 de maio de 2013

Desfazendo as lavagens ao cérebro aos universitários

Para conseguir anular o ideário politicamente correcto veiculado na generalidade das universidades, a proposta de Thomas Sowell, em Undoing the Brainwashin, é "simples": levando-os a leituras selectivas e decisivas. Não podendo falar por experiências de vida que não a minha, não escondo o meu cepticismo quanto à possibilidade de a "receita" fornecida poder chegar ao grosso da população universitária (e com certeza que o mesmo se passará com Sowell). A única batalha que poderá fazer a diferença centra-se na intelectualidade e essa "avança" (ou recua) de uma forma, a meu ver muito semelhante, à que Thomas Kuhn descreve em A Estrutura das Revoluções Científicas - por "paradigmas". De qualquer modo, pelo menos para a pequena comunidade que frequenta estas paragens, parecem-me úteis as referências de Thomas Sowell que já incluí (quase todas) no meu pipeline de leituras futuras. A tradução é minha.
Nesta altura do ano, com o regresso a casa dos estudantes universitários para as férias de Verão, muitos pais poderão aperceber-se de quantas ideias politicamente correctas os seus filhos adquiriram no campus. Alguns desses pais poderão perguntar-se sobre como anular algumas das lavagens ao cérebro que se tornaram tão comuns no que são supostas ser instituições de ensino superior.

A estratégia utilizada pelo general Douglas MacArthur, que tanto êxito obteve no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial, pode ser útil neste bem diferente tipo de batalha. O General MacArthur conquistou as suas vitórias, minimizando as vítimas - algo que também é desejável nos confrontos de ideias no seio da família.

Em vez de combater os japoneses em cada uma das ilhas-fortaleza à medida que os norte-americanos avançavam em direcção ao Japão, MacArthur enviou as suas tropas em batalha apenas para aquelas ilhas que eram estrategicamente cruciais. Com o mesmo espírito, os pais que pretendam conseguir devolver os seus endoutrinados filhos à realidade não necessitam de tentar combater cada uma das ideias loucas que lhes foram transmitidas pelos seus professores politicamente correctos. Bastará demolir algumas crenças cruciais, expondo o seu absurdo, para que possam desferir um golpe na credibilidade geral dos professorais flautistas [alusão à personagem dos irmãos Grimm].


Por exemplo, se o estudante foi levado a aderir à cruzada por um maior controlo de armas, e pensa que a razão pela qual os britânicos têm taxas de homicídio mais baixas que os americanos se deve ao facto de os ingleses terem leis de controlo de armas mais restritivas, basta dar-lhe uma cópia do livro "Guns and Violence" [link], de Joyce Lee Malcolm.

Como os factos expostos no livro arrasam a propaganda do controlo de armas alimentada aos alunos pelos seus professores, isso poderá fazer desenvolver um saudável cepticismo quanto a outras professorais propagandas.

Há outros livros que do mesmo modo podem arrasar outras crenças politicamente correctas que prevalecem nos campus universitários. O meu mais recente livro, "Intellectuals and Race" [link], contém inúmeros factos documentados que expõem as falácias da maior parte do que é dito sobre as questões raciais na maioria das salas de aula das faculdades.

Para aqueles estudantes que tenham comprado a "linha do partido" do campus quanto aos países do Terceiro Mundo, o estudo clássico desse assunto é "Equality, the Third World, and Economic Delusion" [link], do falecido P.T. Bauer, da London School of Economics. Ele levou a cabo uma verdadeira campanha de demolição da maior parte do que tem sido dito nos círculos politicamente correctos acerca da relação entre países ricos e pobres.

Para os alunos que foram condicionados a encarar o estado social como a solução para os problemas sociais, não há nenhum livro que exponha as reais consequências humanas do estado social de forma mais pungente do que "Life at the Bottom" [link], do médico britânico Theodore Dalrymple. Ele trabalhou tanto nos bairros sociais como nas prisões, pelo que já viu de tudo.

Embora a Grã-Bretanha seja o cenário de "Life at the Bottom", os americanos irão reconhecer padrões muito semelhantes. Os problemas dos guetos de negros de baixos rendimentos nos Estados Unidos encontram-se nos bairros de brancos de baixos rendimentos na Grã-Bretanha, onde nenhuma das desculpas habituais relativas ao racismo, à escravidão, etc., se aplicam. A única coisa que é a mesma em ambos os países é o estado social e a sua ideologia venenosa.

Se o aluno foi levado a acreditar que "a reforma abrangente da imigração" - amnistia, num Inglês sem floreados - é o único caminho a percorrer, um livro devastador intitulado "Mexifornia" [link], de Victor Davis Hanson, introduz uma realidade fria e factual num tema normalmente discutido sob inflamada retórica.

Um livro que proporciona uma escolha entre a estratégia de salto selectivo de ilha em ilha que o general MacArthur utilizou no Pacífico e a do assalto em frente ampla que foi usada pelos exércitos aliados na Europa, é o que tem por título "The New Leviathan" [link].

É composto de treze penetrantes artigos escritos por autoridades de vanguarda sobre temas como a segurança nacional, ObamaCare, ambientalismo, fraudes eleitorais e muito mais.

Aqueles pais que pretendam seguir a estratégia de MacArthur podem recomendar a leitura de um, ou vários, desses artigos, enquanto que aqueles que queiram adoptar a estratégia de atacar em frente alargada podem recomendar ao seu estudante que leia todo o livro.

Independentemente do modo como a batalha seja travada, o que é mais importante é que a batalha seja travada, uma vez que os jovens são o futuro, e a propaganda de hoje pode vir a tornar-se nas políticas governamentais de amanhã.

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