Há aí uns 4 ou 5 anos atrás, de visita a casa dos meus pais, durante as férias de Verão, dei conta de uma conversa entre o meu pai e a minha mulher. Sustentava ele, asseverando que tinha chegado àquele número depois de porfiada e demorada contagem entre ele e os seus amigos que Silves, terra de onde todos eles eram naturais e lá residiam há muito, uma cidade de cerca de 11 mil habitantes (de acordo com o último censo), tinha mais de 100 cafés/restaurantes!
Aceitando aquele "recenseamento" como correcto, uma simples conta de dividir (conta de economista, como costumo designar aquela operação aritmética), levava à conclusão da existência à data de um "café" por cada 110 habitantes!
Isto poderia ser um intróito para deixar correr o economês e produzir mais uma arenga acerca dos bens não-transaccionáveis face aos bens transaccionáveis. Vou poupar o leitor a semelhante divagação. Limitar-me-ei a ajudar a difundir um gráfico, retirado daqui. Creio que este é um daqueles casos - é certo que muito raros - que são capazes de provocar epifanias até mesmo às mais empedernidas cabeças (e não lhes assiste senão razão para desconfiarem dos economistas do mainstream).
Ei-lo. Talvez agora possa ficar mais clara a profunda e duradoura malaise por que passam os Estados Unidos.
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1 comentário:
Já uma vez tinha feito umas contas em cima do joelho sobre o número de restaurantes em Portugal (e não sou economista): era um número pavoroso que só uma procura desenfreada e pouco racional ao almoço fora de casa podia sustentar.
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