Discurso de Obama aos novos diplomados da Universidade Estatal do Ohio, no Ohio Stadium, em 5 de Maio de 2013, em Columbus, Ohio. Desse discurso, destaca-se o seguinte trecho (tradução minha):
PRESIDENTE OBAMA: «Infelizmente, vocês cresceram ouvindo vozes que, incessantemente, alertam que o governo nada mais é do que uma espécie de entidade sinistra e separada que está na raiz de todos os nossos problemas. Algumas destas mesmas vozes também fazer o seu melhor para tudo estragar. Eles advertem que a tirania está sempre à espreita ao virar da esquina. Vocês devem rejeitar essas vozes. Porque o que elas sugerem é que a nossa experiência única, corajosa e criativa, de autogoverno de alguma forma não passa de um logro em que não se pode confiar.
Nós nunca fomos um povo que colocasse toda a nossa confiança no governo para resolver os nossos problemas. Nem deveríamos desejar tal coisa. Mas também não achamos que o governo seja a fonte de todos os nossos problemas. Porque entendemos que esta democracia é nossa. E, como cidadãos, entendemos que não se trata de saber o que poderá a América fazer por nós, mas sim o que pode ser feito por nós, em conjunto, através do trabalho duro e frustrante, mas absolutamente necessário do autogoverno. E, classe de 2013, vocês têm que estar envolvidos nesse processo.»
Apenas uns dias depois, iniciou-se uma torrente de escândalos que ontem culminaram (?) com a divulgação de uma monstruosa e inominável operação de espionagem à escala das dezenas de milhões de... cidadãos americanos que, como apropriadamente aqui se escreve, fariam Richard Nixon corar de vergonha de tal modo que mesmo o obamaniaco New York Times, em editorial, assinale: "Mr. Obama is proving the truism that the executive branch will use any power it is given and very likely abuse it". Pois é. Mesmo um Prémio Nobel (da Paz, calcule-se). Mesmo um ex-professor de direito constitucional. Nada mudou depois de Bush. Ou por outra: afinal, no domínio da liberdade, tudo piorou com Obama.
Por um qualquer alinhamento astral ditado pelos deuses, tudo isto se acontece quando se iniciou esta semana o julgamento (?) do whistleblower e, esse sim verdadeiro herói, Bradley Manning, acusado de traição por ter ajudado (!) o inimigo (através do The Guardian, do New York Times, do El Pais, do le Monde e da Der Spiegel, via Wikileaks) divulgando factos inconvenientes para as administrações americanas. Vergonha!
Por um qualquer alinhamento astral ditado pelos deuses, tudo isto se acontece quando se iniciou esta semana o julgamento (?) do whistleblower e, esse sim verdadeiro herói, Bradley Manning, acusado de traição por ter ajudado (!) o inimigo (através do The Guardian, do New York Times, do El Pais, do le Monde e da Der Spiegel, via Wikileaks) divulgando factos inconvenientes para as administrações americanas. Vergonha!
Sem comentários:
Enviar um comentário