Michael O'Leary, o CEO da Ryanair, anunciou há dias que a companhia aérea low-cost que dirige, vai adquirir 175 novos aviões. Não esconde a motivação porque o faz: pretende "fazer uma fortuna" com essa frota. Até aqui nada de novo, apesar da estranhíssima, incompreensível e inexplicável ausência de "estímulos" estatais na tomada da sua decisão (à parte o levantamento de restrições de operação comercial aérea).
E não é mesmo que o homem está a pensar "fazer uma fortuna" e, em simultâneo, proporcionando bilhetes a preços que estima vir a começar nos 10 dólares/euros (!), ligando cidades europeias com cidades americanas?
Maldita desregulação. Maldita!
2 comentários:
As companhias chamadas "de bandeira" viviam, e muitas ainda vivem, nos anos 50 quando viajar de avião era tudo glamour para a classe alta. E organizam a sua operação dentro dessa premissa.
Com uma concorrência assim as companhias low cost tinham terreno virgem para dar à classe média e classes baixas aquilo que elas pretendiam, baixo preço e pontualidade.
Na Europa a Ryanair foi a mais bem sucedida. Mas não espanta, o O'Leary é, de longe, o CEO da indústria com mais visão, aquele que entende melhor o que quer o cliente e para onde vai a aviação.
Se entrar no longo curso a Ryanair vai fazer o mesmo "estrago" que fez dentro da Europa.
A Ryanair mama muito dinheiro público, portanto não actuam bem num mercado liberalizado. Quanto a 10USD por um voo intercontinental, é esperar sentado. É só propaganda. Hoje em dia já há muito poucos voos de 2h a esse preço, quanto mais atravessar o Atlântico inteiro
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