quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Do rigor socratino

Todos nos recordamos da disputa pouco edificante a que assistimos quanto o governo garantia a pés juntos a necessidade imperiosa de Portugal observar, no máximo, 4.6% de défice orçamental para 2011. O chinfrim que para aí não foi quando a certa altura Teixeira dos Santos, auto-apodado de o Inflexível, afirmava-se como o guardião do templo do rigor, a bem dos "correctos" sinais a enviar aos mercados. O rigor era de tal ordem que acomodar uma redução na despesa equivalente a 0.2% do PIB era tarefa impossível.

Imagine-se agora o que os "mercados" pensarão depois de terem sido informados hoje, pelo próprio Teixeira dos Santos, da existência de uma errata à proposta de OE 2011 que faz crescer a despesa e a recieta no valor de 831 milhões de euros cada...

Sem comentários: