Licenciei-me em Economia no início dos anos 80. Na altura, o plano de estudos não tinha cadeiras de opção e o naipe de professores era impressivo. Entre outros, Silva Lopes, Alfredo de Sousa, Cavaco Silva, Campos e Cunha, Sérgio Rebelo, António Borges, António Mexia, Abel Mateus, Amado da Silva, Borges de Macedo, Adérito de Sedas Nunes. Era o tempo da ortodoxia keynesiana onde ainda se discutia o suposto trade-off entre desemprego e inflação (curva de Philips) e onde não havia espaço, sequer, para falar sobre a Escola de Chicago, impressionante produtora de prémios Nobel da Economia como Milton Friedman (1976), George Stigler (1982), Gary Becker (1992) ou Robert Lucas (1995). Por maioria de razão, nomes como Carl Menger, Bohm-Bawerk, Ludwig von Mises, Friedrich Hayek (apesar do prémio Nobel em 1974) ou Murray Rothbard, dos mais distintos da denominada Escola Austríaca, eram-nos totalmente desconhecidos.
De então para cá, a sucessão de crises resultantes dos sucessivos ciclos de boom and bust fez-me sentir uma insatisfação crescente quer dos keynesianos quer dos monetaristas em fornecer uma chave de interpretação do porquê dos booms e dos subsequentes busts. Foi assim que cheguei ao estudo da Escola Austríaca onde encontrei um quadro interpretativo para todas as crises desde os inícios do século XIX.
Jesús Huerta de Soto, catedrático de Economia da Universidade Juan Carlos em Madrid, é hoje um dos mais representativos nomes no mundo da Escola Austríaca, sendo que a publicação do seu livro figurado na imagem à esquerda "Moeda, Crédito e Ciclos Económicos" (pdf em espanhol ou inglês) constitui um marco na defesa da regresso ao chamado padrão-ouro e ao fim da prática das reservas fraccionárias. Ora sucede que uma discussão que até aqui se vinha confinando a alguns círculos académicos ou a figuras tidas por excêntricas (como é o caso de Ron Paul), está a alargar-se significativamente. Por exemplo, o Parlamento britânico debruça-se sobre a questão das reservas fraccionárias o próprio Banco de Inglaterra admite o seu fim e dias depois de o próprio presidente do Banco Mundial aventar a possibilidade de regresso a uma sistema monetário ligado ao ouro (como sucedia até 1971), a discussão intensifica-se.
Matéria a seguir atentamente.
De então para cá, a sucessão de crises resultantes dos sucessivos ciclos de boom and bust fez-me sentir uma insatisfação crescente quer dos keynesianos quer dos monetaristas em fornecer uma chave de interpretação do porquê dos booms e dos subsequentes busts. Foi assim que cheguei ao estudo da Escola Austríaca onde encontrei um quadro interpretativo para todas as crises desde os inícios do século XIX.
Jesús Huerta de Soto, catedrático de Economia da Universidade Juan Carlos em Madrid, é hoje um dos mais representativos nomes no mundo da Escola Austríaca, sendo que a publicação do seu livro figurado na imagem à esquerda "Moeda, Crédito e Ciclos Económicos" (pdf em espanhol ou inglês) constitui um marco na defesa da regresso ao chamado padrão-ouro e ao fim da prática das reservas fraccionárias. Ora sucede que uma discussão que até aqui se vinha confinando a alguns círculos académicos ou a figuras tidas por excêntricas (como é o caso de Ron Paul), está a alargar-se significativamente. Por exemplo, o Parlamento britânico debruça-se sobre a questão das reservas fraccionárias o próprio Banco de Inglaterra admite o seu fim e dias depois de o próprio presidente do Banco Mundial aventar a possibilidade de regresso a uma sistema monetário ligado ao ouro (como sucedia até 1971), a discussão intensifica-se.
Matéria a seguir atentamente.
1 comentário:
Talvez lhe interessa dar uma voltinha no blog do meu rapaz.
Tem estado parado, penso que vai gostar de ler alguns Posts!
http://sublegelibertas.wordpress.com/
Enviar um comentário