Tenho um enorme respeito por Vasco Pulido Valente (VPV) nas suas diversas versões a começar pela de historiador, de analista político e cronista e mesmo, ainda que brevemente, como protagonista político. Aprecio até as erupções do que alguns designam por cabotinismo que, aqui e ali, por vezes emergem dos seus escritos.
Hoje, na sua crónica no Público, comenta o que designa por "crises de nervos" de "comentadores da nossa praça" designadamente, João César das Neves e Helena Matos. De João César das Neves, não me vou pronunciar até porque não li o artigo que, presumivelmente, aquele terá escrito. Mas li o de Helena Matos com toda a atenção (cuja leitura pode ser feita aqui). O artigo, sob o título de "Falharam a vida, meninos", dirige-se àqueles que, jovens adultos na década de 60, atingiram o poder nos últimos 30 anos transportando consigo todo um conjunto de ilusões centradas no Estado "Social", promovendo a "igualdade" ao mesmo tempo que anatemizavam o risco e portanto oe mepresariado e os mercados, infantilizando os seus concidadãos, instalando uma cultura de assistencialismo e permanente pedinchiche madraça. Perante esta para mim muito convincente leitura, VPV vê uma "interpretação da história nunca dantes vista ou pressentida" cuja cabeça (que a elaborou) talvez não funcione muito bem.
Algum cabotinismo, aguenta-se, e até nos faz sorrir um pouco. Mas como tudo o que é demais, dispensavam-se perfeitamente estes comentários de VPV.
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