sábado, 29 de janeiro de 2011

Lá, cria-se, por cá, destrói-se

Enquanto por cá, os jacobinos que nos (des)governam intentam estrangular boa parte das escolas fora da tutela estatal por razões exclusivamente ideológicas, negando-se a responder à pergunta relevante: "Quanto custa educar um aluno numa escola do Estado?", na Grã-Bretanha anuncia-se que foram autorizadas as primeiras oito free schools e que são mais de 250 as organizações interessadas em abrir novas free schools. Grupos organizados de pais e de professores encontram-se entre os promotores de novas escolas.

As free schools são inspiradas, entre outros, no modelo americano das charter schools. O seu financiamento é de origem estatal e têm autonomia face às autoridades locais. Têm também uma autonomia significativa quanto ao currículo leccionado e aos salários dos professores os quais, aliás, não necessitarão  possuir qualificações formais de ensino.

As free schools, geridas por entidades privadas, juntam-se assim às academy schools (escolas primárias e secundárias estatais que gozam todavia de significativa autonomia) proporcionando uma maior diversidade na oferta educativa e, consequentemente, maiores graus de liberdade de escolha da escola por parte dos pais.

Os que estão contra são os do costume. Dos sindicatos reaccionários aos jacobinos que, como diz a Helena Matos, amam a escola pública mas põem os seus próprios rebentos nas (melhores) escolas privadas.

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