sábado, 15 de janeiro de 2011

Universidade e corrupção científica

Acabei de ler o que julgo ser um dos mais veementes textos em favor da ciência identificando, com meticulosa e brutal clareza, práticas da sua negação em paralelo com o total desrespeito pelos mais elementares valores éticos. O seu autor, Willis Eschenbach, num longo post no WattsUpWithThat intitulado Unequivocal Equivocation (em formato pdf), a partir da citação da autoria de um dos mais representativos defensores da teoria do AGW e, Kevin Trenberth, segundo o qual
[g]iven that global warming is “unequivocal”, to quote the 2007 IPCC report, the null hypothesis should now be reversed, thereby placing the burden of proof on showing that there is no human influence [on the climate].
Segue-se a desconstrução desta absurda tese - assente na célebre "science is settled" - para que Eschenbach dê uma lição (bem humorada) do que é ou não é ciência segundo o paradigma popperiano que, por si só, me leva a aconselhar vivamente a leitura atenta de todo o post.

Gostaria apenas de sublinhar, justificando, o título deste post com o facto das Universidades continuarem a manter em posições de destaque nos seus corpos docentes pessoas como Paul Ehrlich que têm ganho a sua vida e a sua projecção intelectual à base de variadíssimas teses alarmistas que anunciam o Armagedeão que, em comum, se caracterizam por não se terem verificado. Os milhares de milhões que têm sido aplicados na defesa do AGW constituem, em si mesmo, razão de ser para que não se admita que tudo não tem passado de um scam. E se, por vezes, surgem algumas anomalias mal comportadas (como a de prever invernos amenos anos a fio para na realidade se verificarem invernos rigorosíssimos) a razão prende-se com o ainda não suficiente poder computacional de que se dispõe...  Como refere Eschenbach (realce meu)
«[Paul Ehrlich] was a failure whose only exceptional talent is the making of apocalyptic forecasts that didn’t come true. In any business he would not have lasted one minute past the cratering collapse of his first ridiculous forecast of widespread food riots and worldwide deaths from global famine in the 1980s … but in academia, despite repeating his initial “We’re all gonna crash and burn, end of the world coming up soon, you betcha” prognostication method several more times with no corresponding crashing burning or ending, he’s still a professor at Stanford. Now that’s understandable under tenure rules, you can’t fire him for being a serially unsuccessful doomcaster. But he also appears to be one of your senior AGW thinkers and public representatives, which is totally incomprehensible to me.»

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