Respondendo a dois artigos publicados recentemente no Público por parte de dois dos representantes do lobby eólico, um de Carlos Zorrinho por parte do Governo, outro de Carlos Pimenta da "sociedade civil", Mira Amaral volta hoje, pedagogicamente, no mesmo jornal, a trazer racionalidade à troca de razões.
Mira Amaral desmonta uma vez mais as falácias defendidas por aqueles que se furtam ao escrutínio económico-financeiro das "apostas" nas novas renováveis, fazendo uso ora de doutrinas mercantilistas absurdas (evitar importações é sempre bom mesmo que a um custo gigantesco!), ora recorrendo a miseráveis ataques ad homine quando não a mistificações próprias de aldrabões de feira.
Quem questiona o modo, a quantidade e a remuneração garantida absurda que o Estado tem proporcionada aos produtores de novas renováveis (eólica e solar) não é automaticamente defensor do "Big Oil" ou "nuclearista". Não. Quem o faz pretende que o custo da energia consumida seja o mais baixo possível para que as nossas indústrias exportadoras possam ser competitivas no mercado externo; quem o faz preocupa-se com a tremenda escassez de recursos que o país detém e, portanto, com a necessidade imperiosa de os investimentos terem retorno, isto é, serem economicamente rentáveis para o país como um todo e não para os bolsos dos promotores privados via subsídios públicos; quem o faz limita-se a constatar que havendo vento só em 25% do tempo, pretendo nós continuar a dispor de electricidade sempre que ligar o interruptor em casa ou na fábrica, toda a eólica, tem que ser sustentada por infra-estrutura de produção térmica de backup.
E quando os nossos (des)governantes vierem para a televisão e para os jornais dizer que as renováveis permitiram poupar centenas de milhões de euros de importações, que tenham a decência de não incluir nessa poupança a energia hídrica quando se pretende invocar o "sucesso" das novas renováveis. Luís Mira Amaral no seu melhor.
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