sábado, 23 de junho de 2012

A ambição pela asneira

está bem espelhada nesta entrevista da ministra Cristas ao Expresso, no balanço da Rio+20. Uns excertos:
A UE não ficou muito satisfeita com o documento final da Rio+20. Porquê?

A UE tem sempre mais ambição do que os outros países, esse é o seu papel, manter o nível de ambição elevado, porque se não forem os 27 a fazer esse papel, outros não o farão e é essa pressão que no final determina que haja alguns ganhos. Possivelmente, se a UE não mantivesse uma fasquia tão elevada, uma agenda tão relevante e ambiciosa em matéria de ambiente, hoje estaríamos a falar em ganhos praticamente nulos.
...
Havia um tema muito importante para a UE que era introduzir o conceito de economia verde, e esse conceito ficou consagrado, apesar de haver desde há muito tempo uma grande oposição por parte dos países do G-77 (países em desenvolvimento). Ficou a economia verde como um caminho para o desenvolvimento sustentável, foi positivo isso acontecer e terem sido desmontados alguns fantasmas que havia em torno do conceito. A economia verde é uma economia que quer o bem-estar das populações, quer a erradicação da pobreza, mas quer isto feito ao mesmo tempo que se protege o ambiente, que se conserva, que não se degrada.
Dir-se-ia uma autêntica Heloísa Apolónia, em embalagem conservadora compassiva. Mas "moderna", claro.

4 comentários:

André Miguel disse...

Notável...
Fiquei na mesma. Alguém se importa de traduzir?

Lura do Grilo disse...

Este catecismo já tínhamos lido antes

JPRibeiro disse...

O Estatismo da direita é tanto ou mais perigoso que o Estatismo da esquerda. Se os dois menorizam o homem, o primeiro fa-lo à custa dos "altos princípios" da religião. O segundo pelo menos não é tão hipócrita.

RioD'oiro disse...

Eu não me recordo de ver alguém que tivesse deambulado pelo parlamento "europeu" e não tivesse ficado com a massa cinzenta afectada por algas.