Intricado naquele está o segundo pilar: a retórica da exaustão dos recursos naturais e, particularmente, das fontes energéticas de origem fóssil. O Clube de Roma prestou um “serviço” inestimável a esta doutrina com a publicação, em 1972, de The Limits to growth. Embora ao longo dos anos o grande economista Julian Simon tenha sistematicamente derrotado, logica e empiricamente, as teses catastrofistas, a verdade é que, como bem sabemos, o anúncio da catástrofe iminente permite audiências maiores (seja a peste suína, a gripe das aves, o ano 2000, o aquecimento global, etc., etc.). É certo que se têm verificado ultimamente actos de contrição (o mais notável, talvez,tenha sido o de James Lovelock) dos quais importa referir o reconhecimento, ainda que a contragosto, de George Monbiot, colunista do The Guardian, que o peak-oil não só ainda não aconteceu nem se antevê quando venha a acontecer: “We were wrong on peak oil. There's enough to fry us all”. Nada de novo, na frente ocidental.
Enquanto aguardamos pela chegada dos exércitos da defesa da biodiversidade, deixo um vídeo em que, com bom humor, e muito saber, Julian Simon explica por que razão o intelecto humano é o Derradeiro Recurso. (Os cornos de diabo que Simon ostenta têm uma razão de ser que é explicada ao minuto 7).
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