Num país "normal", o título desta notícia do Correio da Manhã de hoje, não espantaria ninguém. Por cá, soa a escândalo. Então a geração "mais qualificada de sempre" não consegue um salário melhor que um "modesto" soldador ou pasteleiro? Então e os "direitos" que assistem aos jovens pelo esforço colocado no "queimar das pestanas"? E as "justas expectativas" que daí decorriam? E, numa formulação mais "moderna", por que não assistimos à rentabilização do "capital humano" que a frequência do ensino superior, inevitavelmente, teria constituído?
No Expresso de hoje (a que dei uma olhada em exemplar de pessoa amiga), Maria Filomena Mónica recomenda (sob o título que encima este post), ainda uma outra vez, a leitura de "Does Education Matter", de Alison Wolf, para contestar a suposta relação de causalidade entre uma maior extensão na frequência do ensino superior e maiores níveis de desenvolvimento económico no que constitui um dos maiores mitos que se instalou em quase todas as sociedades ocidentais.
Através da preciosa ajuda de "modelos" estatísticos - que nunca poderão fornecer explicações de causa-efeito -, bibliotecas veiculadoras do sociologismo dominante justificaram a suposta inerente bondade da massificação da frequência universitária, e deram aos políticos do "Estado Social" a "legitimidade" da imposição dos correspondentes impostos para a financiar. Na mesma linha, num linguajar economês, a "rentabilização" económica dessa despesa pública estaria assegurada através da eclosão das famosas "externalidades positivas".
Tretas trágicas propagadas por ignorantes da História e da Acção Humana.
Sem comentários:
Enviar um comentário