Não faço ideia, nem isso me interessa minimamente, se é ou não verdade que a Lactogal vinha "impondo condições anticoncorrenciais" (supostamente, fixação de preços mínimos de venda) aos seus clientes na restauração e hotelaria. Que se saiba, a Lactogal não é monopolista nos sectores onde actua e assim, se por hipótese, essa prática comercial era de facto efectiva, o que a empresa aliás desmente, não vejo que ela seja lesiva do que quer que seja pois esses clientes tinham certamente alternativa de abastecimento. Por outro lado, creio improvável que a Lactogal tenha recorrido a uma qualquer máfia ou. sequer, a um bando de arruaceiros para obrigar os seus clientes a lhes comprar os produtos.
Os burocratas dessa ent(inutl)idade que se dá pela sigla de AdC e que aliás não fazem uma ínfima ideia do que seja uma empresa, fariam bem melhor em explicar ao Governo por que razão a fixação de tabelas de preços de serviços de notário, de actos médicos, de medicamentos ou de salários, por critérios meramente administrativos, e à escala nacional são, esses sim, altamente lesivos da concorrência e do bem-estar. Pelo menos alguns dos muitos economistas que por lá pululam hão-de ter estudado esses capítulos da matéria.
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Declaração de interesses: não só accionista, directa ou indirectamente, da Lactogal nem, tanto quanto julgo saber, de qualquer outra empresa do sector ou fora dele. É certo que bebo leite de quando em vez, preferindo Vigor.
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