quarta-feira, 31 de julho de 2013

Sector eléctrico - benchmarking à espanhola


  • Capacidade instalada: 108.296 MW (2/3 em regime especial - eólicas, solar, etc. -, 1/3 em regime ordinário)
  • Pontas (picos) de procura: 45.000 MW
  • 30 mil milhões de défice tarifário (actualmente)
Estes são alguns dos resultados das 33 (trinta e três) reformas no sector eléctrico desde 1998 que os nossos vizinhos levaram a cabo no sector.

As minhas expectativas que, entre nós, o novel ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Ambiente, aporte alguma sanidade às políticas energéticas que têm vindo a ser seguidas entre nós são, falando claro, inexistentes. O consenso (particularmente o do silêncio) verificado após a sua nomeação acentuou esse sentimento. Oxalá me engane. 

3 comentários:

Tiago Azevedo disse...

Não há dinheiro para mais asneiras e nem a Troika deixa. De qualquer forma acho que o Prof. Pinto de Sá pode estar enganado, uma taxa de carbono por natureza é uma medida mais laissez-faire do que a estupidez das tarifas garantidas. Nos EUA alguns Republicanos defendem uma taxa de carbono de rendimento neutro, ou seja, sem arrecadação de receita para o estado. Ele sugeriu a introdução da taxa em substituição da sobretaxa de IRS, que pelo que vemos parece estar para ficar. Obviamente que faz muito mais sentido taxar a poluição do que o trabalho

BC disse...

Cá no burgo o défice tarifário também galopa cheio de força

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/ex_secretario_de_estado_acusa_governo_de_ocultar_real_situacao_na_energia.html

Os espanhóis porém já deixaram de negar o problema. Por cá, enfim, agora temos um ministro que é um verdadeiro pregador do ecologismo

BC disse...

Caro Tiago Azevedo,

Taxar a emissão de CO2 é completamente idiota. Qual o intuito de taxar a produção de um gás benéfico para a vida na Terra? É o mesmo que taxar o pensamento racional.

Já reflectir no custo de produção eléctrica a emissão de gases poluentes seria outra coisa completamente diferente.

Só que isso colocaria em evidência algo que Portugal quer ocultar, a mais-valia da energia nuclear que não produz poluentes.