sábado, 6 de novembro de 2010

Austeridade, impostos e renováveis

Sob o título que tomei emprestado, o Engº Mira Amaral, na linha do que já aqui tinha apontado, reflecte hoje no Expresso, sobre o espantoso silêncio no debate político relativamente ao elevadíssimo sobrecusto das novas renováveis. Destaco os seguintes trechos (link não disponível):
«(...) [H]á uma área que tem estado totalmente esquecida do debate político-orçamental que é a área da energia e aí as fantasias energéticas e os fundamentalismos que se têm tido, designadamente nas eólicas, estão a gerar elevados sobrecustos que o consumidor de electricidade vai ter de suportar mais dia menos dia e esses aumentos de preços serão tanto mais dramáticos quanto mais o consumidor já estiver sujeito à violenta punção fiscal que se avizinha, a qual lhe vai reduzir o seu rendimento disponível. A austeridade tem que chegar também às renováveis, TGV e parcerias público-privadas.

Um bom exemplo do saque que o Governo está a fazer ao consumidor é o do recente concurso para as centrais mini-hídricas em que se fixa um preço político elevadíssimo de venda de electricidade à rede, pagando os vencedores do concurso uma elevada contrapartida financeira ao governo. Tal configura que no fundo o consumidor vai pagar na tarifa de electricidade um imposto escondido! (...) [O]s desafios do aquecimento global, que compreendo, terão de ser resolvidos pelo jogo cooperativo entre chineses, americanos e europeus e não apenas por nós portugueses! Também na energia o que temos é de tratar da nossa competitividade.»
Adenda: nem de propósito, via Fiel-Inimigo, é imprescindível ler o que Igor Khmelinskii escreve no seu blog para se perceber os brutais sobrecustos que estamos a incorrer no nosso país à pala duma irracional senão mesmo criminosa estratégia energética totalmente tributária do politicamente correcto.

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