Uma maneira de distinguir os políticos reside nos grupos particulares beneficiários de "prioridades", de políticas de "desenvolvimento", de promoção da "modernidade" ou da "qualidade" de ensino. Tudo isto está associado a despesa pública onde os subsídios ocupam um lugar central. E, ao contrário do que muitos "esquerdistas" pretendem fazer passar, a realidade efectiva da governação não é muito diferente, estando a "direita" ou a "esquerda" no poder. Portugal, como os Estados Unidos, são bem exemplos do que afirmo.
A minha costela de formação económica leva-me a esconjurar todo e qualquer subsídio já que o mesmo mais não faz que distorcer os sinais promotores de racionalidade económica que ocorrem quando os preços são formados livremente.
Os leitores do blogue conhecem a minha total oposição à promoção voluntarista, através dos nossos impostos, de uma suposta energia "limpa" e politicamente correcta. Daí a "legitimidade" dos ultra-generosos subsídios no ponto de vista do Governo.
Ora bem. Deixo-vos aqui indicação para a leitura de um texto, na sequência da proclamação por Obama que em 2011 (apesar da maioria republicana na Câmara dos Representantes), procurará estabelecer uma política energética que ajude os EUA “a crescer [economicamente] ao mesmo que também permita lidar, de uma forma séria, com as alterações climáticas".
O autor do texto, Jeffrey Leonard, profissionalmente ligado às novas renováveis, tem uma proposta para fazer a Obama para que esteja consiga cumprir a sua agenda: acabar com todos, TODOS os subsídios às diferentes fontes de energia primária. Do petróleo, ao carvão, ao gás, à co-geração, do nuclear ao etanol e às renováveis, sejam elas barragens, eólicas, fotovoltaicas, biomassa etc. Citando o autor: "So we can waste money and distort the market by subsidizing all of these forms of energy. Or we can just call it quits on the waste. Disarm completely. Kill all the subsidies—yours and mine."
Jeffrey Leonard está convencido que, seguindo esta política - não fazer nada para alterar os preços relativos das diferentes fontes de energia primária - sairão vencedoras as novas renováveis. Pois que saiam. Se tal aacontecer, no quadro descrito, conseguir-se-á obter um recurso que, num dado período de tempo, é sempre escasso, da forma mais eficiente e, portanto, mais barata. Para o consumidor e para o contribuinte e, também estou convencido tal como o autor, defendendo melhor o ambiente.
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