O consenso silencioso em torno do novo titular da pasta de Energia (a que aludia aqui), que esta semana já tinha sido desafiado por Henrique Gomes, é hoje posto a nu por Mira Amaral numa entrevista ao i: "Voltaram a abrir-se garrafas de champanhe na EDP". Mira Amaral vai directo à jugular para explicar a pastosidade consensual (realces meus):
É imprescindível a sua leitura integral."Nos anos 70 do século passado, Carlos Pimenta criou o Centro de Energia, Transportes e Ambiente, que passou a influenciar as decisões de três partidos: PS, PSD e CDS. No PS vimos o fundamentalismo ambiental e os exageros eólicos do governo anterior, de Manuel Pinho e Carlos Zorrinho, mas sob influência de Carlos Pimenta. No PSD temos Jorge Moreira da Silva e no CDS temos o seu irmão. Os três partidos são muito parecidos no disparate energético e no fundamentalismo ambiental. (...)Tenho autoridade moral, técnica e política, porque fui eu que lancei esse movimento [da snovas renováveis] em Portugal. Outra coisa é, em nome das alterações climáticas, aproveitarem-se para fazer um fundamentalismo ambiental e, o que não é despiciendo, para ganharem à grande com rendas excessivas e criar um sério problema à economia."
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