N’O Insurgente, Ricardo Campelo Magalhães já tinha chamado a atenção para a estória do Sr. John Beale, um alto e venerável funcionário da EPA - a poderosíssima “Agência (federal) de Protecção Ambiental” (criada por Nixon durante o seu primeiro mandato, em 1970) – durante 24 anos (após 2 anos como “consultor” externo da mesma) até à sua saída em 30 de Abril de 2013. Acusado, reconheceu um conjunto de crimes praticados pelos quais foi sentenciado em 32 meses de pena de prisão sendo ainda obrigado a restituir uma verba de perto de 1,4 milhões de dólares. As burlas foram múltiplas, assentes em mentiras de vária ordem. Entre outras, desde o incumprimento do dever de assiduidade pelo facto de, simultaneamente, estar “ao serviço da CIA” (uma mentira apenas verbalizada, que durou anos!) até ao petty theft dum lugar de estacionamento para deficientes no parque da EPA por, supostamente, ter contraído malária (de que nunca sofreu) quando “prestou” serviço militar no Vietname (onde nunca esteve nessa qualidade). Um perfeito burlão, pois. Dirá o leitor, bem, e o que tem esta estória de especial? Afinal, tal como os chapéus, burlões há muitos. (Atenção porém, caro leitor, a um sinal importante: este caso, "estranhamente", não foi alvo dos nossos media sempre tão atentos a escândalos.)
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À pergunta de um membro do referido comité sobre se aquele projecto alguma vez produziu um resultado tangível, foi a seguinte a resposta do Sr. Beale (minha tradução do depoimento, na sua página 21), realce meu:
“Havia várias fases nesse projecto tal como o esboçámos. Há um enorme corpo bibliográfico sobre o tema. Por vezes referido de literatura da sustentabilidade, por vezes como economia verde. E, assim, a fase 1 do projecto consistia na minha profunda familiarização, de um modo transversal, com essa literatura. A fase 2 teria consistido na entrevista com especialistas, académicos e do mundo empresarial, com pessoas noutros países que estão a fazer coisas.
E depois chegaria a vez da fase 3 com a elaboração de propostas específicas que poderiam ser - que poderiam ter sido propostas em sede legislativa ou coisas que poderiam ter sido realizadas administrativamente com o propósito de, digamos, modificar o DNA do sistema capitalista..."
Capisce, caro leitor? E se por acaso pensar que apenas estamos perante mais uma manifestação das idiossincrasias norte-americanas, leia este texto de Pinho Cardão sobre algumas das coisas que por cá se passam...
1 comentário:
Há muita gente a comer e a beber destas idiotices do "verde"
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