Tenho dois filhos com menos de dois de idade de diferença entre si e, embora hoje estejam ambos já na universidade, recordo-me ainda bem como foi o início do seu percurso escolar. Os dois frequentaram os mesmos estabelecimentos escolares desde a pré-primária, onde estiveram três anos, até ao início do Secundário.
Ele, quando chegou a primária, não conhecia um algarismo ou uma letra e, julgo que logo na primeira aula, teve de se defrontar com o desafio de copiar para o caderno uma frase que a professora escreveu no quadro - "O menino leva a sacola". Recordo-me de o ver chegar a casa chorando profusamente porque tinha, de tanto apagar os seus próprios gatafunhos em vãs tentativas de cumprir satisfatoriamente o que lhe tinha sido pedido (segundo o seu próprio critério), rasgado folhas do caderno. Quando acabou a escola primária, ainda cometia um ou outro erro de ortografia, mas isso não o impediu se tornar um bom aluno também em Português.
Ela, por sua vez, quando chegou à escola primária já sabia ler perfeitamente. Esperava-a João de Deus e a sua Cartilha Maternal tal como tinha acontecido com os seus pais e avós. Acabada a primária, nunca mais deu um erro ortográfico ou de sintaxe e, felizmente, também tem sido uma boa aluna
Conclusão: desde que o professor saiba o que está a fazer, o método que utiliza é do menos importante.
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