Uma actividade profissional extenuante ao longo de muitos anos, que só problemas de saúde levaram a um abrandamento significativo, e, confesso, o não ser muito de modas, levaram a que só viesse a frequentar a blogosfera muito tardiamente. Pude constatar, a posteriori, quanto perdi por essa tardança, descoberta que me levou a participar, de há coisa de um ano a esta parte, nesta "comunidade" muito especial sob a forma de "comentadeiro".
A leitura do Público de hoje sobre a reforma do mapa das freguesias de Lisboa, fez-me recordar um post do Jcd, do Blasfémias, significativamente intitulado "Grécia antecipa-se a Portugal" onde escrevi um par de comentários chamando a atenção para que o nosso mapa autárquico se mantém, no essencial, aquele resultante da reforma de Mouzinho da Silveira de 1832!
No post de Jcd, de Maio último, sublinhava-se a decisão da Grécia em reduzir 2/3 dos seus municípios! Já a dita cuja reforma (projecto de) propõe que Lisboa passe das actuais 53 freguesias para 27. Parece um grande feito (projectado...), não parece? Antes de se ser muito afirmativo, atente-se na compaginação de Lisboa e Porto com mais cinco cidades europeias (dados do Público):
Divisão administrativa | |||
Cidade | Nº de freguesias(*) | Residentes (2000) | Residentes por freguesia |
Lisboa | 53 | 565000 | 10700 |
Porto | 15 | 323000 | 17500 |
Barcelona | 10 | 1505000 | 150500 |
Madrid | 21 | 2957000 | 140800 |
Paris | 20 | 2125000 | 106300 |
Lyon | 9 | 1168000 | 129800 |
Roma | 20 | 2547000 | 127400 |
Percebe-se assim como, com meias tintas, nunca lá chegaremos? E ainda há, sem olhar primeiro para este problema, quem queira falar em regionalização?
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