Já algo requentadas, li as declarações do senhor da esquerda dizendo que sim, «[s]ou inflexível. O défice tem de ser de 4,6 por cento no próximo ano e não nos podemos afastar desse objectivo» e que ele «[n]ão podia aceitar exigências que comprometessem os objectivos a atingir e exigências que implicam sub-orçamentação ou seja esconder o défice».
Atendendo a que estamos a falar do mesmo senhor que criou, ou deixou que se criasse, a Parque Escolar e as Estradas de Portugal e que se recorresse na dimensão em que se recorreu às PPP, as credenciais para falar em sub-orçamentação são realmente esmagadoras. Por outro lado, quanto ao rigor "inflexível" nos 4.6%, também não está nada mal por parte de quem viu a previsão inicial do défice em 2009 ser multiplicada por quatro e que, já em 2010, e depois de dois PEC (o I e o II) ir falhar, sem receitas extraordinárias, o défice em perto de 1/3. E isto, claro está, sem esquecer o facto de as contas públicas em 2008 estarem "perfeitamente controladas".
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