Espectador interessado
Teimosamente lembrando a importância da Liberdade
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Controlo de quê? Da despesa não é, certamente!
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Quem tiver estado atento às televisões e jornais desde quarta-feira à noite, decerto terá ficado aterrorizado com as novidades do orçamento para 2011, devido à fortíssima machadada no poder de compra das famílias. Mas o aspecto mais interessante das notícias não foi a redução dos benefícios fiscais (escandalosa na Saúde e Educação), a penalização dos pensionistas (injusta), nem a quebra de sigilo bancário para quem deve ao Fisco (aceitável) e nem sequer a redução do número de anos em que as empresas podem declarar prejuízos (necessária). Foi a ausência total de referências ao corte de despesa pública, nomeadamente corrente. Cadê os organismos públicos a fechar (e quando)? Cadê os que se vão fundir (e quando)? Mais: onde vai o Governo cortar a mais se a economia entrar em recessão, ao contrário do que prevê o Orçamento (certamente uma antecipação do dia 1 de Abril). Menor crescimento é igual a menos receita…
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(Camilo Lourenço, Jornal de Negócios, 15-10-2010)
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