quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A realidade e a cortina de fumo

A cortina de fumo:

O Secretário de Estado do Tesouro, Costa Pina, referindo-se à primeira colocação de dívida pública de 2011 no mercado internacional afirmou que "[o] resultado reflecte a confiança dos investidores, nacionais mas sobretudo dos investidores estrangeiros, no nosso mercado de dívida pública". O Jornal de Negócios, à hora a que escrevo, adopta o tom de moderado optimismo no resultado obtido, ou seja, na taxa de juro média do leilão que foi de 3,686%.

A realidade (filha da puta):

Na última emissão de dívida para a mesma maturidade (6 meses) realizada em Setembro último, a taxa de juro média foi de 2.04%, ou seja, 80% mais. Há cerca de um ano, a taxa foi de 0.59!

Para o Finantial Times que cita um analista, “[t]his is ominous. Portugal is heading towards a bail-out as the country’s borrowing costs are continuing to rise. This is unsustainable.”

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