domingo, 1 de maio de 2011

Obama declara Bradley Manning culpado

No passado dia 21, Obama pronunciou-se acerca do alegado divulgador à organização Wikileaks de um conjunto de cerca de 250 mil telegramas diplomáticos, por parte de Bradley Manning. O presidente americano afirmou que Manning  "infringiu a lei" (ver video em http://youtu.be/IfmtUpd4id0) o que indica que a sorte do suspeito já está escrita: CULPADO!

Na entrevista volante, Obama declara ainda que o que Manning fez é mais grave do que sucedeu com Daniel Ellsberg, responsável pela divulgação dos Pentagon papers, porque o grau de confidencialidade destes últimos documentos era inferior aos agora (alegadamente) divulgados por Manning. Ora sucede que tal não corresponde à verdade pois os "Papéis do Pentágono" estavam classificados com o mais elevado nível de confidencialidade ao contrário daqueles divulgados através da Wikileaks que, ao invés, estavam classificados com o nível mais baixo de confidencialidade.

Transcrição parcial da entrevista:
Obama: “So people can have philosophical views [about Bradley Manning] but I can’t conduct diplomacy on an open source [basis]… That’s not how the world works. And if you’re in the military… And I have to abide by certain rules of classified information. If I were to release material I weren’t allowed to, I’d be breaking the law. We’re a nation of laws! We don’t let individuals make their own decisions about how the laws operate. He broke the law.” [Emphasis added]
Q: “Didn’t he release evidence of war crimes?”
Obama: “What he did was he dumped…”
Q: “Isn’t that just the same thing as what Daniel Ellsberg did?”
Obama: “No it wasn’t the same thing. Ellsberg’s material wasn’t classified in the same way.”
Para quem deixou que Manning fosse tratado da forma que foi - fechado numa cela 23 horas por dia, impedido de dormir durante o dia, obrigado a dormir nu durante a noite e acordado hora a hora - este comportamento por parte de Obama reforça a atitude e os actos absolutamente desprezíveis cometidos contra Manning.

(Via Antiwar.blog)

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