Anda muita gente preocupada com o futuro dos estaleiros navais de Viano do Castelo. A conversa é a do costume: trata-se de uma empresa "estratégica"(?), detentora de "elevado" know-how, de uma grande empregadora (e todas as pequenas e médias que fecham todos os dias?), etc.
Com um passivo acumulado de 200 milhões de euros e capitais próprios negativos de 70 milhões de euros, a administração estatal aponta como solução o emagrecimento dos actuais 720 trabalhadores para 340.
Vale a pena transcrever, um excerto do artigo que José Manuel Fernandes, presidente do conselho de administração do grupo Frezite, assina hoje no Expresso:
Uma administração (pública) só se lembrou de reestruturação pelo emagrecimento, devido à situação financeira a que chegou e não pelo acreditar num novo projecto, a defender junto do accionista Estado, dotando-o de uma estrutura ganhadora pelo fabrico de novos produtos, em diferentes mercados, sob novos desafios, potenciando-se a solução através da privatização da mesma.Isto faz parte do Portugal que tem que mudar já, por via do Estado ter de fazer aquilo que funcionalmente lhe compete e afastar-se daquilo em que não tem competência e acarreta danos para todos nós.
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