Numa das peças dos editorial de hoje do Público, não assinado como é costume e, portanto, comprometendo todo o jornal, escreve-se:
[N]ão é preciso ser europeu para viver em negação da realidade e poder desencadear uma crise económica por causa de um preconceito político. Se do lado de cá do Atlântico os eleitores e os governos de centro-direita se deixam enredar pelo canto xenófobo e anti-europeísta do populismo, do lá de lá do oceano a direita "normal" (os republicanos "clássicos") está refém de uma minoria de loucos fundamentalistas, os congressistas que foram eleitos nas hostes republicanas pelo movimento Tea Party. Dos dois lados do Atlântico, uma parte da classe política entrou em incumprimento. Perdeu o sentido das prioridades e tornou-se prisioneira do preconceito.
Ou seja, o facto de alguém se atrever a questionar que a torneira do dinheiro fácil e inesgotável continue aberta e assim se poder eternizar a bebedeira de crédito (com taxas de juro negativas se possível) é um preconceito. Não há pachorra para tamanha imbecilidade iliteracia.
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