Estou a "devorar" o livro que coloquei hoje na vitrina: Washington Rules, America's Path to Permanent War, por Andrew Bacevich (juntei um link para uma recensão do mesmo no NYT). O autor, professor de História e Relações Internacionais na Universidade de Boston, coronel reformado do exército americano, sentiu a invasão do Iraque em 2003 como a última gota que o obrigou a adoptar, activa e publicamente, o "dark side" do establishment consensus de Washington, que se formou com Truman e vem perdurando até Obama.
Poucos foram os que se lhe opuseram. Fiquei a saber que J. William Fullright, senador americano, presidente do Comité das Relações Externas, foi um deles. Perante a preparação da escalada da guerra do Vietnam a que se opunha, durante a presidência de Lyndon B. Johnson, Fullright escreveu:
«Power tends to confuse itself with virtue and a great nation is peculiarly susceptible to the idea that its power is a sign of God favor, conferring upon it a special responsability for other nations - to make them richer and happier and wiser, to remake them, that is, in its own shining image... Once imbued with the idea of mission, a great nation easily assumes that it has the means as well as the duty to do God's work. The Lord, after all, would surely not choose you as His agent and then deny you the sword with which to work His will.»
Lembrei-me desta passagem a propósito deste post no Zerohedge (via TheBurningPlatform), inspirado nas recentes movimentações dos vasos de guerra americanos ilustrados na figura abaixo:
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