P - Temos, ou não uma enorme economia paralela?
R - É significativa, mas já foi maior. E vamos tê-la sempre. Em boa parte é isso que nos salva do desemprego e na dinâmica da economia. Os impostos têm sido de tal maneira persecutórios e destruidores da actividade produtiva, que, se Portugal não tivesse esta capacidade criativa, a economia teria morrido há muito tempo. Há uma economia que é paralela que é criminosa, que não devia existir, que é má; e há outra que funciona ao lado dos impostos porque se assim fosse desaparecia. Agora o que é preciso é racionalizar os impostos para todos poderem pagar.
P - E na economia formal, ainda há fugas?
O combate à evasão foi um sucesso desde que o Estado se conseguiu organizar e tirar partido dos computadores. Mas o sucesso foi em termos fiscais, pois em termos económicos foi uma catástrofe. Maus impostos bem aplicados são desastrosos para a economia.
Em tempos não muito recuados, diziam-nos que se a evasão fiscal diminuísse, todos nós pagaríamos menos. Mentira absoluta. Quanto mais impostos o Estado recolher, mais impostos tentará extorquir no futuro. Cabe aos contribuintes rebelarem-se para por fim a esta extorsão crescente.
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