O que não se viu ainda foi um plano de reforma coerente, claro e compreensível. Não há um plano para a reforma da administração central, não há um plano para a reforma da administração local, não há uma reforma para a reforma do sector empresarial do Estado, não há um plano para a reforma da Saúde. Não há um plano para nada. Os ministros cortam aqui e cortam ali, extinguem isto e aquilo ou fundem alhos com bugalhos:talvez bem, talvez mal. Infelizmente essa grande actividade parece uma caçada aos pardais. No meio da confusão não se distingue um objectivo, um método, um propósito. Cada um atira para onde lhe dá a gana ou trata do sarilho do dia. É escusado procurar uma ordem. E o dr. Passos Coelho, com a sua suavidade e simpatia, não se explica e de quando em quando contribui mesmo para aumentar a confusão.
VPV fala em ausência de planos. Mas para haver planos tem que haver uma ideia. E, desde que saiu o DOE (Documento de Estratégia Orçamental), eu fiquei convencido que ela não existe. Por cada dia que passa, reforço essa convicção.
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