Só hoje tive oportunidade de ler o artigo que o Professor Delgado Domingos publicou no Público, na passada 4ª feira e que aqui agora reproduzo (clicar na imagem para ampliá-la). Delgado Domingos vem explicar, historiando, as rendas económicas que os grandes produtores de electricidade em regime de co-geração (as diferentes papeleiras, a GALP, etc) obtiveram - e que agora não pretendem largar - que, por mero mecanismo de arbitragem que o Estado lhes proporcionou, ou seja, que lhes permitiu comprar electricidade a um preço X no mercado e vender electricidade, em regime de co-geração, a um preço garantido Y, onde Y > X. Resultado: défice tarifário e acréscimo das tarifas de electricidade para (quase) todos. A não se alterar este estado de coisas, diz Delgado Domingos, o sobrecusto, só em 2012, será de 600 milhões de euros. A aldrabice está escondida por detrás de uma tenebrosa sigla: CIEG ("Custos Económicos de Interesse Geral"). Também neste caso, em rigor, de verdadeiros "Interesses Particulares" tornados possíveis pelas distorções introduzidas e mantidas pelos sucessivos governos no mercado produtor e consumidor de electricidade. Valha-nos a troika, que depressa percebeu a marosca (ponto 5.7 do memorando).
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