domingo, 25 de setembro de 2011

A ciência e o seu financiamento

Um dos últimos livros que li - e que recomendo vivamente -, foi Rollback, de Thomas E. Woods Jr., historiador e economista da escola austríaca. O livro, publicado no passado mês de Fevereiro, é um  repositório de veemente argumentação anti-estatista nos mais variados domínios, desfazendo todo o "novelo" de mitos, um após outro, em que assenta o Big Government nos países ocidentais e, particularmente, nos EUA. Na contracapa, encontramos estas palavras de Ron Paul: "If Congress and the Administration really wanted to learn how to eliminate the deficit, limit government, and protect liberty they would stop wasting taxpayers’ money on ‘debt commissions’ and instead read Rollback."

Numa das secções do capítulo "The Myth of 'Good Government'", Woods desmonta um dos argumentos usualmente  utilizados (e raramente examinado...) da necessidade de intervenção estatal para a promoção da ciência: "Without Government Science Funding, Everyone Would Be An Idiot". Woods socorre-se de Terence Kealey e o seu "The Economic Laws of Scientific Research" para rebater esse ponto de vista começando por fazer notar que o progresso científico na Grã-Bretanha em todo o século XIX se faz essencialmente com financiamento privado. Se esse mito fosse verdade, então a França e a Alemanha, onde os governos, à época, tiveram de facto uma intervenção significativo no financiamento de actividades científicas, deveriam ter "provocado" um comparativamente maior progresso científico. Não foi isso que sucedeu, antes o inverso.

Entretanto, enquanto me dedico à leitura do livro de Kealey, que agora vai para a vitrina, aqui fica, via TomWoods, uma palestra de Kealey, de 2009, intitulada "O mito da ciência como bem público [no sentido económico]":


(Também publicado no Estado Sentido)

Sem comentários: