sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sem mais comentários


Ramalho Eanes escolheu o dia de hoje para se pronunciar sobre o tema, não propriamente inovador, "Portugal, que futuro?", de resto com fortes conotações soaristas. Segundo o DN, o general terá afirmado aos jornalistas que "[h]á que cumprir escrupulosa e competentemente o acordo [com a troika], há que adquirir confiabilidade, e depois há que renegociar determinadas condições" (...) "de tal maneira que seja possível haver condições que permitam crescer". Ainda segundo o DN, Ramalho Eanes escusou-se a adiantar pormenores "técnicos" quanto ao conteúdo da renegociação que defende adiantando, não obstante, que essas condições deverão serão tais "que nos permitam satisfazer o que são as exigências em matéria de défice, mas que nos permitam estimular a economia e ter crescimento, porque obviamente sem crescimento teremos mais desemprego, menos impostos, e uma situação que não vai melhorar como todos desejamos".

Por respeito ao homem que teve uma participação relevante no fim da espiral totalitária de que fomos vítimas em 1974-1975, ao candidato presidencial que apoiei em 1976 (e aos sopapos correlativos que levei na altura) e até mesmo ao candidato que voltei a apoiar em 1980, embora sucumbindo à chantagem anti-fascista que à época ainda subsistia fortemente, abstenho-me de comentários adicionais.

1 comentário:

Anónimo disse...

E por falar em Mário Soares: o Colégio Moderno funcionou ou fechou no dia da greve?
AM