É um atrevimento da minha parte ousar traduzir Ludwig von Mises. Mas, no dia em que os nossos vizinhos se livraram de um governo que se caracterizou pela destruição da riqueza (material e, sobretudo, moral), cabe recordar que os problemas de hoje têm as suas raízes no triunfante esquerdismo jacobino, marxista, comunista e socialista (com ou sem "rosto humano") e no seu ódio profundo ao capitalismo e, por essa via, à liberdade.
«Os governos e parlamentos europeus têm sido pródigos, por mais de 60 anos, em impedir o funcionamento do mercado, em interferir com as empresas e em mutilar o capitalismo. Jovialmente, ignoraram as advertências dos economistas1. Erigiram barreiras ao comércio, promoveram a expansão do crédito e uma política de dinheiro fácil, recorreram ao controlo de preços, à fixação de salários mínimos e aos subsídios. Transformaram a tributação em confisco e expropriação proclamando a despesa negligente como o melhor método para aumentar a riqueza e o bem-estar. Mas quando as inevitáveis consequências de tais políticas, de há muito previstas pelos economistas, se tornaram cada vez mais evidentes, a opinião pública não culpou essas acarinhadas políticas; pelo contrário, indiciou o capitalismo. Aos olhos do público, não foram as políticas públicas anticapitalistas mas sim o capitalismo que foi apontado como a causa raiz da depressão económica, do desemprego, da inflação e do aumento dos preços, da monopólio e do desperdício, da social agitação e da guerra.»1 - Mises refere-se à era pré-keynesiana. Note-se que o livro é escrito em 1944.
Ludwig von Mises, Omnipotent Government (PDF), 1944
Sem comentários:
Enviar um comentário