O actual presidente americano, e candidato à reeleição este ano, costuma(va) apontar Espanha como exemplo modelo a aplicar nos EUA para dois dos principais fetiches na sua "agenda" ambiental: a "aposta" nas novas renováveis (especialmente a eólica e solar) e o comboio de alta velocidade (que tratarei em post autónomo).
Para facilitar a concretização desta "agenda", Obama combinou um conjunto de medidas "positivas" (subsídios, regulação, imposição de quotas, etc.) aos projectos "verdes" com um outro de medidas "negativas" (ou desencorajadoras) aos projectos tidos por ambientalmente indesejáveis (não licenciamento de novas explorações de combustíveis fósseis em zonas federais, redução/eliminação de benefícios fiscais, canga regulatória, etc.). É certo que o próprio Obama anunciou ao que vinha em matéria energética: fazer disparar os custos de energia. Mas também clamou (e continua) pela diminuição da dependência dos fornecimentos externos de fontes energéticas (petróleo e gás), nomeadamente de regiões politicamente instáveis (Médio Oriente) ou não amigas (Rússia, Venezuela, etc). Mas entre as suas acções e os resultados das mesmas e as intenções anunciadas há um autêntico mar de diferença.
Quanto às energias limpas e aos (tristemente) célebres empregos "verdes", o que se vê é o que ainda há dias aqui e aqui abordava: dispêndio gigantesco de dinheiro dos contribuintes em actividades e empregos subsidiados a peso de ouro, corrupção generalizada. Mas quando surge a hipótese, por exclusiva iniciativa privada (não subsidiada) de contribuir para minorar a dependência de petróleo de zonas politicamente complicadas e, em simultâneo, geradoras de emprego efectivo (não subsidiado), Obama tergiversa, adia. É o que se passa com o projecto de pipeline conhecido por Keystone XL que permitiria transportar petróleo da província de Alberta no Canadá (rica em areias betuminosas ) às refinarias no Golfo do México, no Texas, criar 30 mil empregos e poupar cerca de 70 milhões de dólares diariamente. Porém, quando as plataformas petrolíferas que Obama "expulsa" do Golfo do México, são usadas para extrair petróleo ao largo da costa do Brasil, eis que o mesmo Obama exulta e se declara como pressuroso cliente do petróleo brasileiro!
Como Warren Meyer escreve em Keystone XL: Voting for the Stone Age, este é um comportamento apenas explicável pela submissão à cartilha eco-teócrata (meus realces):
Quanto às energias limpas e aos (tristemente) célebres empregos "verdes", o que se vê é o que ainda há dias aqui e aqui abordava: dispêndio gigantesco de dinheiro dos contribuintes em actividades e empregos subsidiados a peso de ouro, corrupção generalizada. Mas quando surge a hipótese, por exclusiva iniciativa privada (não subsidiada) de contribuir para minorar a dependência de petróleo de zonas politicamente complicadas e, em simultâneo, geradoras de emprego efectivo (não subsidiado), Obama tergiversa, adia. É o que se passa com o projecto de pipeline conhecido por Keystone XL que permitiria transportar petróleo da província de Alberta no Canadá (rica em areias betuminosas ) às refinarias no Golfo do México, no Texas, criar 30 mil empregos e poupar cerca de 70 milhões de dólares diariamente. Porém, quando as plataformas petrolíferas que Obama "expulsa" do Golfo do México, são usadas para extrair petróleo ao largo da costa do Brasil, eis que o mesmo Obama exulta e se declara como pressuroso cliente do petróleo brasileiro!
Como Warren Meyer escreve em Keystone XL: Voting for the Stone Age, este é um comportamento apenas explicável pela submissão à cartilha eco-teócrata (meus realces):
«Some would argue that these opponents aren’t anti-energy, they just want to shift energy use from fossil fuels to “green” energy like wind and solar. This is either disingenuous or unbelievably naive. The Keystone XL pipeline would have single-handedly carried more energy to the United States than the sum of all the green energy projects funded by the Obama Administration. And it would have done so entirely with private funds rather than the Administrations increasingly ill-fated and ham-handed attempts at venture capitalism with taxpayer funds. The fact of the matter is that, for the foreseeable future, opposing fossil fuels is equivalent to opposing energy use.»
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