Com a dívida pública dos EUA já a ultrapassar os 100% do PIB e esse facto suscitar uma preocupação crescente na opinião pública (fundamentalmente, via Ron Paul), é muito útil ao presidente em exercício que um nobelizado economista, dotado de um poderoso altifalante no New York Times, produza escritos como o "Nobody Understands Debt" para "explicar" que a dívida pública seria essencialmente diferente da dívida privada, pois na primeira, observado um pequeno detalhe(*), tratar-se-ia apenas de "dívida que devemos a nós próprios" («we owe it to ourselves»)! Já aqui tinha aludido aos fretes que uma determinada (e numerosa) escola de economistas pressurosamente apresenta para justificar políticas advogadas por políticos (Krugman amparando Obama como o "grande" Keynes justificou ex-post as políticas de Franklin Delano Roosevelt hoje). Robert Murphy, no programa do juíz Andrew Napolitano, desmonta a falácia de Krugman e sublinha a vitória do senso comum do cidadão leigo mas consciente perante as construções habilidosas de doutorados com paramentos mais ou menos vistosos.
(*)- Nas palavras de Krugman, "all they [the Governments] need to do is ensure that debt grows more slowly than their tax base". Não foi bem isso que sucedeu em Portugal. Por isso, Sócrates, depois de justificar o despilfarro despesista dos seus governos com o credo krugmanita, teve agora que ler - hélas! -, pela pena do próprio Krugman, a desautorização da política que seguiu. Daí o nítido incómodo de um certo jovem deputado, ao que dizem muito promissor.
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