Não dei grande importância ao folclore associado à divulgação da composição do novo executivo francês até porque o seu elenco certamente se alterará após serem conhecidos os resultados das eleições legislativas cujas duas voltas ocorrerão a 10 e 17 de Junho.
A par de uma imperfeita "paridade de género" (não respeita com o rigor que se esperaria a proporcionalidade estatística entre os sexos que ocorre no Hexágono) e de um (vasto) conjunto de "frescuras" traduzidas, por exemplo, num ministro (ainda que júnior) para o Sucesso Educativo; na emergência - finalmente! - de um ministério (sénior) dos Direitos das Mulheres (assim enterrando o passo intermédio que foi o ministério da Igualdade) e de mais um vasto conjunto de "delícias" entre as quais uma tal de "Recuperação Produtiva" (?) e uma mui guterrista "paixão" pela Educação" (pasta elevada à 3ª posição protocolar no executivo), dou mais importância a outro tipo de sinais. Como o se segue, descrito por Alain Dumait (tradução minha):
Que François Hollande não tenha acompanhado o seu antecessor até ao carro [na saída de Sarkozy do Eliseu] antes da sua tomada de posse na terça-feira, 15 de Maio, releva de mera grosseria.Parafraseando Luís XIV, L'État sont eux.
Que não tenha encontrado uma única palavra positiva para evocar o período e o balanço do mandato [do seu antecessor], mostra o seu sectarismo.
Mas ter-se sentido obrigado a convidar para o seu primeiro almoço no Eliseu todos os ex-primeiros-ministros socialistas, com as respectivas esposas ou companheiras, é muito mais simbólico da linha adoptada pelo novo governo: o retorno a um Estado 100% PS.
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1 comentário:
Um dos Ministros é cadastrado, outros deveriam estar a jogar cartas e alguns, honestamente, acho que os convidou na Disneylandia.
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