«...Portugal é um lugar onde as convicções derivam de simpatias partidárias, compadrio e arranjinhos à mesa do restaurante. De tão infantil, só a descrição da paisagem deprime: os que negavam os abusos do PS são os que hoje se indignam com os abusos do PSD; os que se indignavam com os abusos do PS são os que hoje negam os abusos do PSD. Contra toda a evidência e a favor de todo o compromisso, os apoiantes de uns perdoam-lhes o que condenavam noutros e os apoiantes dos outros indignam-se face ao que lhes era indiferente. Os primeiros perdem a razão que tinham. Os segundos não ganham razão nenhuma.
Gostaria, insisto, que Estrela Serrano não me julgasse pelos critérios que a orientam. Se digo que o presumível desvario do sr. Relvas não é inédito não pretendo dizer que o desvario é desculpável, mas que o indesculpável clima que o propiciou já vem de trás. O sr. Relvas faz o que quer na medida em que os seus parceiros de ofício sempre fizeram o que queriam. E o sr. Relvas sairá provavelmente impune na medida em que a impunidade tácita do ofício é regra da casa.»
domingo, 27 de maio de 2012
Atavismo abrantino
Alberto Gonçalves em "O meu caso com o caso Relvas", na crónica de hoje no DN:
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