Extraído de uma página do manual Economics, de Paul Samuelson, edição de 1990 (via facebook):
Nota: por certo que esta estatística ajuda a perceber, à data, as razões pelas quais infindáveis autores (excepção notável para Hélène Carrère d'Encausse) explicavam a impossibilidade de destronar a potência soviética e, por maioria de razão, a "impossibilidade" de ela se reformar por dentro.
1 comentário:
Outra excepção seria Michel Garder:
http://en.wikipedia.org/wiki/Michel_Garder
[Eu li o livro, ainda antes do fim da URSS, e a descrição do artigo da Wikipédia não é lá muito boa - ele não previu um colapso para 1970, apenas notou que em 1967 houve grandes comemorações da Revolução de Outubro mas que 3 anos antes a revolução também tinha havido grandes comemorações de um aniversário qualquer do regime imperial, e depois escreveu "o prazo de validade do regime actual pode não ser muito maior"; e ele dedica um capitulo do livro a negar que o regime pudesse ser derrubado por um golpe militar e a dizer que os oficiais do Exército não tinham espírito de iniciativa; a tese dele é que quem ia derrubar o regime em aliança com os tecnocratas iria ser o KGB, não o exército]
Quanto ao Samuelson, quem lesse o texto ao lado em vez de só olhar para a estatística não teria essas ilusões. Pelo menos na edição de 1985 diz "Estudos efectuados indicam que o ritmo de crescimento na União Soviética foi rápido devido ao seu carácter extensivo - grande aumento nos factor produtivos, capital e trabalho. A (...) taxa de crescimento do produto por unidade de factor [foi] mais ou menos idêntica, tanto na URSS como nas economias de mercado."
"Todavia nos últimos anos a tendência para um mais rápido crescimento sob o comunismo que nos Estados Unidos não se manteve. Efectivamente alguns analistas reconhecem que o crescimento dos EUA ultrapassou o a URSS na última década (...) Qual foi a causa desta diminuição? Pouca propensão para as grandes inovações, uma série de más colheitas, o peso crescente da despesa militar (...) e o esforço que provoca a utilização de um pesado aparelho de planificação para satisfazer as exigências de uma economia mais complexa. (...) Permanece ainda um grande fosso que não tende a diminuir entre os países capitalistas mais avançados e a União Soviética"
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