Embora, surpreendentemente, PG
escreva que “[c]omparados com os bancos
espanhóis, os bancos portugueses ganham medalhas de mérito”[!] vaticina que
em Portugal “o crédito malparado das empresas [e dos particulares] que está por
reconhecer nos bancos ainda nos vai surpreender” com o sério risco de, também
entre nós, sobrevir uma banca zombie e, por arrasto, uma economia zombie. A
este propósito atentem-se nas previsões de Bruxelas: Construção
portuguesa vai ter o maior colapso da Europa (obrigado ao CCz pela indicação).
Curioso como neste artigo – e em
centenas de outros – não haja uma palavra para explicar as causas desta bebedeira creditícia cuja ressaca vai começando a chegar. Pelo contrário,
denotando uma cegueira incompreensível, PG aponta como um sinal positivo[!] que “a euribor esteja a cair há cem dias”
quando foi exactamente a fixação das taxas de juro, por via administrativa (da responsabilidade do BCE), a níveis ridiculamente baixos das taxas de juro, em toda a zona euro, durante anos a fio, que
nos colocou na situação em que estamos através da formação de bolhas especulativas
sucessivas, especialmente no imobiliário?
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