é o título que José Pacheco Pereira escolheu para espelhar o "pequeno amor pela liberdade de expressão" que detecta (não) existir cá pelo burgo. Termina o seu texto assim:
«[A]s probabilidades de o “caso Relvas” ficar sequer esclarecido, quanto mais ter alguma consequência, serão escassas. O boicote informativo é uma prática habitual que já vem de trás, Sócrates usou-a contra a TVI e o Público, e os dirigentes políticos que andam de braço dado com os dirigentes desportivos, a começar por Relvas, também a conhecem bem. O que de mais grave existe neste “caso”, a provar-se, é a chantagem de divulgação nas cloacas da Internet, sempre prontas para o serviço, de dados sobre a vida privada de uma jornalista. Isso não é abuso, é crime e pode envolver o acesso indevido, e também criminoso, a recolha de dados sobre a vida pessoal, matéria que está na ordem do dia em certas bases de dados em telefones de antigos agentes secretos, ou em espionagem privada sobre dirigentes desportivos. A acusação é grave, é validada por mais de uma pessoa e aceite como boa pela direcção do Público, mas, quanto mais grave é, mais sólida terá que ser a prova, mesmo que só testemunhal. O resto, ou mesmo esta alegada chantagem, a ERC irá tornar tudo inócuo numa resolução vaga e inconclusiva, como a do “caso Rosa Mendes”. Na verdade, ninguém quer saber disto para nada. Não se come liberdade de expressão, nem se deposita num banco, nem dá para fazer cartas anónimas.»
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