Durante a campanha eleitoral presidencial instalou-se um debate que persiste: austeridade ou crescimento?
É um pouco como perguntar a uma criança: bife com batatas fritas ou óleo de fígado de bacalhau, esparguete com molho de tomate ou xarope de rícino? Ou como se a cada um de nós nos propusessem: prefere ganhar mais dinheiro produzindo mais ou prefere reduzir as suas despesas produzindo menos? A resposta parece óbvia, a menos que se seja um adepto do bicho-papão.
Como é possível fazer perguntas tão estúpidas? E todavia foi exactamente o que o novo presidente, François Hollande, fez quando disse que não aceitaria o tratado europeu - que foi concluído sustentado nos esforços da estabilidade financeira e da redução da despesa pública -, se não forem introduzidas disposições sobre o crescimento. É o pensamento mágico: basta articular uma palavra para que, por uma espécie de truque de prestidigitação, o coelho saia da cartola e o crescimento seja retomado.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Bife com batatas fritas ou óleo de fígado de bacalhau?
Um excerto de "O crescimento não se decreta", por Patrick Simon (minha tradução):
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